domingo, 27 de abril de 2008

Ausência de GP

Colegas, não comparecerei a reunião de amanhã em virtude de reunião na UNEB com o Reitor no mesmo horário do nosso GP. Já comuniquei a Profe.

Abraços e bons estudos!

Maíra

terça-feira, 15 de abril de 2008

Retificação

Os presentes na reunião do dia 07/04/08 foram: Sônia, Molije, Damonille, Carla, Ana Urpia, Maíra, Rita, Gina, Ava, Matheus e Clarissa.

domingo, 13 de abril de 2008

Reunião do Grupo de Pesquisa: Aproximações a perspectiva etno em psicologia do desenvolvimento
Data: 07.04.08
Presentes: Sônia, Molije, Damonille, Carla, Ana Urpia, Maíra, Rita, Gina, Ava e Matheus.

PREÂMBULO

Sônia inicia a reunião apresentando Molije e expondo para ela o funcionamento do grupo. Molije aproveita o espaço para falar da passagem de Mary Jane Spink por Salvador na quinta-feira passada para a defesa da tese de Guga, denominada “Desejo a flor da tela”. Uma etnografia feita toda pela internet e que apresenta o ponto de vista de pessoas que defendem o sexo sem preservativos, trazendo à tona a relação risco x prazer. Aproveita ainda para convidar o grupo para assistir uma breve apresentação que Guga fará da tese para uma das turmas dela, na quarta-feira 09.04, às 13:30.

Molije também fala sobre o edital do CNPq para recém doutores, incentivando a realização de trabalhos de mais ou menos três anos, com bolsistas de iniciação científica e mestrandos. Fala que pretende submeter um projeto que investigue como ocorre a formação dos residentes nas residências multiprofissionais em saúde mental, considerando o contexto da reforma psiquiátrica e a humanização do SUS.

Sônia intervém discutindo a necessidade de ajustar a linha de educação e saúde para abrigar temas como o de Molije.

Sônia diz ter começado a receber os resumos do CIPA e pede que os interessados se antecipem. Solicita que os resumos sejam enviados até segunda-feira (14.04). Fala um pouco sobre as formas de apresentação, especialmente para os artigos mais teóricos, e sobre a mesa com Alain Coulon.

Sônia comenta que está com dois cursos em andamento, o de Serviço Social e o de Atenção Psicossocial. Fala também da demanda do Reuni para Psicologia, como o aumento das vagas em 20% e a proposta de conteúdos curriculares para o BI de Humanidades.

Rita atenta para o edital da UFRB, que está com inscrições abertas para professores até dia 30.04. Os interessados devem acessar www.ufrb.edu.br.

Sônia recomenda que todos leiam o edital, mesmo que não pretendam se candidatar, ressaltando a importância de se ter todas as participações em cursos, congressos e outros eventos documentados, bem como o domínio na preparação de currículo e memorial. Comprometeu-se a enviar exemplos de memorial para o grupo.

Sobre a submissão de projeto para o PIBIC, Matheus diz a Sônia que a intenção é unir os trabalhos de Ava, Ana Urpia e o dele para formar um projeto “guarda-chuva” e posteriormente definir melhor cada uma das propostas.

Sônia pede que também não deixe a submissão no PIBIC para última hora e propõe a Matheus que já comece a produzir e envie para ela ler.
Sônia indicou e disponibilizou na pasta do grupo um texto, trazido por Rita, intitulado “O que é ser universitário”, do livro “Manual de sobrevivência universitária”.

ETNOMETODOLOGIA – MÉTODO OU TEORIA?... E OUTRAS IMPLICAÇÕES

Seguindo o combinado na reunião passada de que as pessoas trariam os temas dos trabalhos para aliar a teoria à experiência dos mestrandos e doutorandos do grupo, Ava inicia a discussão questionando a possibilidade dela utilizar a etnometodologia como referencial teórico e abandonar o interacionismo simbólico.

Sônia ratifica para o grupo a proposta de produzir algum material sobre etnometodologia

Gina pontua que a etnometodologia é um jeito de se ver a realidade e lembra um texto de Garfinkel, no qual ele próprio critica a escolha do termo etnometodologia para designar a teoria, uma vez que o objetivo era identificar algo que se referisse mais a prática, algo como “etnopraxiologia”. Ainda tratando da questão de Ava, Gina diz que adotando a etnometodologia seria como se ela refizesse O métier do estudante, livro de Alain Coulon.

Ava comenta a definição do seu objeto de pesquisa, observando que, de alguma forma, sempre existiu a inserção na universidade de estudantes com o mesmo perfil do grupo que ela pretende estudar, mas que o foco do trabalho está justamente em que tipo de mudanças pode ter ocorrido, partindo da perspectiva do contexto das Ações Afirmativas.

Gina propõe pensar etnometodologia ao contrário, ou seja, como o método das pessoas, pois é sobre isso que incide seu interesse. Ressalta que a proposta deste tipo de trabalho é o pesquisador não apenas apresentar os resultados, mas também explicitar como fez para chegar a eles, destacando o quanto essa demanda é complexa para a dita “ciência dura”. Lembra que, durante a elaboração da sua tese, Coulon disse que apenas ela poderia transcrever as fitas, pois isso era um exercício para tentar se colocar na posição do outro e, a partir dali, buscar a compreensão dos fenômenos. Faz também um contraponto com a etnografia, uma vez que nesta é o pesquisador que olha e descreve o fenômeno.

Rita intervém explicitando que a etnometodologia se volta para como as pessoas realizam as atividades, para o modo que cada uma delas emprega nesta execução e relaciona ao interacionismo simbólico, uma vez que as regras e as normas não são simplesmente seguidas pelas pessoas; estas fazem suas próprias interpretações e, assim, guiam sua atuação.

Rita continua, especificando que a etnografia difere da etnometodologia, pois representa uma narrativa dos processos. Não há uma preocupação com o como as pessoas fazem as coisas, mas sim em descrever a “paisagem”, o contexto. Fala da sua dissertação de mestrado, na qual realizou uma etnografia e da sua postura de, após ter feito a leitura dos dados, levar o resultado para compartilhar com as pessoas que faziam parte do local onde desenvolveu sua pesquisa, no intuito de verificar a fidedignidade da sua interpretação.

Sônia intervém para esclarecer que o procedimento adotado por Rita é o que se denomina reflexividade, destacando a importância política contida na adoção deste tipo de postura.

Gina pontua que esta forma de compreender a reflexividade difere daquela que se delineia pelo seu caráter reflexivo, fazendo uma analogia com uma imagem no espelho.

Sônia lembra que Coulon, na palestra, diz que o mundo é uma máquina que se comenta e remete a um texto de Gina, no livro Psicologia e educação: tecendo caminhos, intitulado “Etnometodologia ou o comentário do mundo”, comprometendo-se a deixar uma cópia na pasta.
Sônia observa que não se pode ser subserviente a uma teoria e ressalta a necessidade de ser capaz de fazer a crítica, mesmo que seja da sua própria opção teórica. Atenta para a multirreferencialidade como recurso no enfrentamento destas questões e possibilidade de compreensão dos fenômenos.

Gina argumenta que, para algumas pessoas, não existe esse lugar de interlocução. Comenta sobre sua banca de doutorado, relatando a crítica feita por René Barbier ao trabalho por não ser político, apesar dele ter se identificando com o que foi apresentado.

Ana Urpia questiona se o uso da etnometodologia é apolítico ou não político e se, quando se utiliza dela, o pesquisador não faz uma crítica ou não chega a nenhuma conclusão.

· Gina esclarece que quando se utiliza da etnometodologia, o pesquisador está tomando a posição do ator e quando faz isso, ele próprio enquanto pesquisador, não toma posição. Fala da crítica de Bourdieu de que o trabalho resultante da etnometodologia é o relatório dos relatórios.

· Ana Urpia questiona esta crítica, argumentando que quando o sujeito fala, esta fala é em direção ao mundo e, conseqüentemente, é um modo de se posicionar.

· Sônia intervém, argumentando que existe uma questão de metaciência, pois, mesmo afirmando que o pesquisador está se colocando no lugar do outro, nessa relação sempre existirá uma interpretação, uma vez que somos seres de linguagem. Apresenta, então, para o grupo a questão da relação indivíduo-sociedade, afirmando que a vivência de cada um tem um conteúdo que é social, de modo que a constituição desta díade deve ser questionada e critica o lugar que a Psicologia passou a ocupar ao aceitá-la, pois esta última passa a ser feita descolada do contexto.

· Damonille refaz a pergunta de Ava sobre a possibilidade de utilizar a etnometodologia sem recorrer ao interacionismo simbólico, indicando que compreende o uso destas perspectivas teóricas de modo complementar.

· Rita diz que quando se usa a etnometodologia inevitavelmente se usa o interacionismo simbólico, pois eles estão colados.

Sônia indica a Ava a leitura da dissertação de Ana Flávia.

Matheus fala do questionamento que as bancas fazem a trabalhos desta natureza sobre qual fenômeno psicológico está sendo estudado. Exemplifica com a banca da dissertação de Ana Flávia.

Gina pontua que existe nisso uma discussão sobre margem, afirmando que da mesma forma que se sofre esse tipo de crítica pelo lado da Psicologia, também se sofre pelo lado da Sociologia, que vai questionar esse tipo de sociologia que não agrega elementos comuns à área como, por exemplo, o uso de estatística ou uma análise macrossocial.

Rita comenta que estamos caminhando para uma visão mais abrangente dos fenômenos e a unificação das Ciências Humanas.

Maíra pergunta a Sônia se ela é a pessoa que recebe os “marginais” do programa, aqueles cujos objetos se encontram nesta fronteira entre as disciplinas.

Sônia diz acreditar que existem lugares de abertura no programa, mas que, particularmente, sente-se como a pessoa que mais radicaliza essa questão, de modo que acaba recebendo estudantes dentro de certo perfil.

PRÓXIMAS REUNIÕES

Foi proposto que a discussão continuasse nas próximas reuniões.

Clarissa e Damonille ficaram responsáveis por iniciar a discussão do dia 14.04, tendo como base os textos “Construcionismo social: uma crítica epistemológica” e “Construtivismo ou construcionismo? Contribuições deste debate para a psicologia social”.

Dia 21.04 não haverá reunião, pois é feriado, e na segunda subseqüente Gina fará uma apresentação de sua tese.

terça-feira, 8 de abril de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Prazos do CIPA

  • Todos os autores, co-autores e participantes devem fazer sua inscrição individual.
  • O pagamento da taxa de inscrição é condição para aceitação, avaliação e publicação do(s) trabalho(s).
  • O valor da inscrição não será devolvido.
  • A inscrição de trabalho no III CIPA se fará mediante o envio on line do resumo.
  • Cada pessoa inscrita terá direito a participar como autor principal de apenas um trabalho.
  • A inscrição sem envio de trabalho poderá ser feita de 10 de abril até 30 de julho de 2008, pagando-se a taxa vigente no período de sua efetivação.
  • As inscrições poderão ser reabertas durante o período do Congresso.

Prazo para envio do resumo

10 de abril a 26 de maio de 2008

Data para divulgação dos resultados

10 de junho de 2008

Data para envio do trabalho completo

10 de julho de 2008

Registro do encontro: 31/03/2008

Grupo de pesquisa: Aproximações: a perspectiva etno em psicologia do desenvolvimento
Registro da reunião de 31/03/2008

Estiveram presentes nessa reunião: Sônia, Matheus, Ava, Ana Urpia, Ana Margarete, Damonille, Clarissa, Maíra, Gina, Victor, Rita e Carla.

Aproximações iniciais

Sônia começou a reunião trazendo algumas informações e definindo algumas situações:
  • Ficou acertado o período da segunda semana de agosto para a defesa da dissertação de Victor. O convite para a composição da banca será feito à Silvia Koller (Sônia enviará um e-mail para Silvia, para ela confirmar se poderá vir realmente) e à professora Ana Cecília do nosso programa de pós-graduação.
  • Sônia entrou em contato Alain Coulon numa conversa pelo MSN sobre o assunto da tradução do seu livro a ser realizada por Sônia em parceria com Gina (meta de 3 páginas por dia para cada...), com previsão de lançamento para o final de agosto.
  • Além disso, confirmou que está prevista a vinda de Coulon para a Bahia, numa iniciativa de um conjunto de universidades (UFRN, UFS, UFRB e UFBA) para trazê-lo como professor visitante. Primeiro ele virá à UFBA para a realização de um seminário previsto para a primeira semana de setembro.
  • Sônia compartilhou com o grupo a aquisição de 2 livros infantis portugueses* voltados para crianças cuja paternidade/maternidade são exercidas por pares homossexuais. *Livros: De onde venho? de Javier Termenón Delgado; e "Por quem me apaixonarei" de Wieland Pena e Roberto Maján. Editora: Assoc. Ilga Portugal.
  • Sônia destacou a importância para os profissionais que lidam com crianças e famílias, de estarem atentos às estas novas configurações familiares, trazendo como referência o livro “A família em desordem”, da psicanalista e historiadora Elizabeth Roudinesco.
  • Sônia apresentou ao grupo a Clarissa, aluna especial da disciplina Infância e Realidade Brasileira, psicóloga com formação pela Universidade Estadual da Paraíba e que tem uma trajetória de militante de movimento estudantil numa corrente que se caracteriza pela ausência de filiação partidária.
  • Sônia comentou que a UFBA ganhou a concorrência para participar no Mais Saúde, com a função importante de intermediação das relações entre o SUS e a SESAB. Envolvida neste processo está a Profa. Mônica Lima, integrante do nosso grupo de pesquisa e ligada à área da Saúde, que sugeriu que algum mestrando acompanhasse esse processo. Nesta sexta haverá uma reunião na Sesab sobre as possibilidades de pesquisa relacionadas ao Permanecer SUS, e os mestrandos Victor e Maíra já foram convidados a participarem como representantes do grupo de pesquisa.

Abrindo a discussão

Após o momento inicial, Sônia abriu a parte da reunião em que houve a discussão em torno dos textos propostos:

  • Sônia sugeriu que discussão da próxima reunião alie a discussão teórica ao relato das experiências dos orientandos nas suas pesquisas (reflexões, dificuldades, etc), para que se faça uma discussão do campo das etno-metodologias.
  • Foi retomada a discussão a partir do texto base escolhido na reunião anterior (capítulo III, A pesquisa como prática discursiva: superando os horrores metodológicos, livro organizado por Mary Jane Spink)
  • Sônia lembrou que a discussão anterior parou na referência aos trabalhos de Margareth Mead que romperam com a Antropologia que baseava no relato dos outros, para uma Antropologia do ir ver, do contato, do conhecer as pessoas, do contágio, de tornar-se membro.


De que jeito queremos ser etno

  • Na seqüência, Gina traz a discussão sobre a origem histórica da etnografia como uma tarefa de colonização, de falar à distância sobre alguém, de falar do outro sem reconhecer que este outro fala de si mesmo.
  • Gina também questiona o modo de fazer pesquisa etno num lugar de autoridade sobre o outro e alerta sob o risco da sedução populista na pesquisa. Ela interroga o grupo sobre a necessidade de um posicionamento, de um acordo a ser construído sob de que modo, de que jeito queremos ser etno no grupo de pesquisa.
  • Rita traz elementos para esta discussão, ao colocar que a Psicologia Latino Americana não fala apenas de um lugar reproducionista e de colonizador do discurso alheio, mas que já evoluiu politicamente para uma prática de pesquisa que dá voz e possibilita falar sobre nós mesmos.
  • Neste momento, Sônia faz uma ligação entre esta discussão e a que existe envolvendo sociologia da infância, em torno do lugar da criança, como a de um outro silenciado, que nunca é perguntado a falar sobre si. Cita aqui as experiências democráticas de produção de jornais por crianças em orfanatos orientadas por Janusz Korczak.
  • Sônia ressalta sua percepção de que algo positivo vem acontecendo nas Ciências Humanas portuguesas, no sentido da desestabilização dos discursos, talvez por influência de Boaventura Santos. Para exemplificar, destaca alguns autores como: Cristina Rocha e Emília Vilarinho (epistemologia da infância); Telmo Caria (etnógrafo).

A angústia que ajuda na produção do conhecimento

  • Ana Margarete, aproveitando o questionamento de Gina sobre “como queremos ser etno”, alerta para a necessidade de aprofundarmos os estudos com vista a evitarmos discutir sobre algo que achamos que é a mesma coisa quando na verdade podemos estar falando de coisas diferentes.
  • Sônia acredita que esta oposição entre falar e não falar a mesma coisa, sempre perpassa uma “zona escura”, uma zona de angústia e de incerteza que ajuda na produção do conhecimento, sendo perigoso que a obrigação em falar da mesma coisa, transforme-se numa camisa de força corretora de linguagem e de conceitos, algo muito distante de uma proposta metodológica que inclua a invenção, a bricolagem.
  • Por falar em angústia, Maíra coloca a sua ao ter assistido uma disciplina do mestrado que envolve Psicologia do Desenvolvimento, em função da inclinação excessiva da disciplina no enfoque evolucionista. Diz se sentir “um peixe fora d’água” ao fazer esta disciplina, questiona este “universo pequeno” de conteúdos e se pergunta para que eles servirão na sua prática profissional.
  • Carla também fala de sua angústia, ao ter se percebido com uma “visão fechada” após a primeira reunião com o grupo de pesquisa. Mas, após algumas leituras e refletindo sobre sua prática com projetos de avaliação em escolas no interior da Bahia, pôde ir desconstruindo seus posicionamentos anteriores.

“Etologia doce” e como nos apropriamos de certos conhecimentos

  • Sobre esta questão da “serventia” destes conteúdos, Damonille faz uma observação importante de que isto vai depender de como nós nos apropriamos destes conhecimentos. Da mesma forma, Ava ressalta que não é, por exemplo, o questionário em si que determina a “dureza” das interpretações, mas sim a forma como eles são utilizados.
  • Sônia ressalta o valor dos conhecimentos da Etologia e propõe trazer Ana Maria Almeida Carvalho, professora de Psicologia da Universidade de São Paulo, enquanto ela se encontra em Salvador, para falar para o grupo de pesquisa um pouco sobre Etologia e desenvolvimento humano, já que esta possui uma forma bastante agradável de tratar a Etologia.

Olhar as entrelinhas e a força da interação

  • Sônia comentou que na sua pesquisa de mestrado realizada numa escola pública no Alto das Pombas, mais além da classificação dos comportamentos em adequados e inadequados, ela percebeu que na categoria chamada outros, aquilo que aparecia com menor freqüência, era o quê realmente era o mais importante, pois representava o quê as crianças de verdade achavam da escola, da professora e do contexto.
  • Diante disto, Sônia e Rita reforçam a importância de se olhar as entrelinhas, os não-lugares e os não-ditos dos participantes da pesquisa, aceitando a forma como eles podem se apresentar e dizer.
  • Sônia comentou do capítulo final do livro Vozes do meio-fio (de Claudia Milito e de Helio Silva) que trata de aspectos metodológicos importantes como: o diálogo, a conversa, o interesse pela vida do outro e o lugar da horizontalidade na relação entre pesquisador e o participante da pesquisa.
  • Neste sentido da interação entre pesquisador e participante, Ana Urpia sugere para o grupo um texto que ela leu recentemente, que fala da importância de observar as pequenas estórias trazidas pelas pessoas e da força da interação para os resultados das entrevistas.

“Que tipos de escravos vocês querem ter”

  • Também serão abertas as inscrições do PIBIC na terça, e a idéia é estar selecionando alunos da graduação para que possam estar concorrendo às bolsas, sendo que as propostas devem envolver o assunto vida universitária e juventude. Ficaram responsáveis por esta tarefa, Mateus, Ava, Ana e Sônia.
  • Sônia acha que o grupo tem que definir quem vai apresentar o quê e com quem no CIPA. Ficou mapeado que Mateus, Ava e Ana estarão elaborando a proposta de uma mesa, e que Sônia e Gina pensarão uma atividade conjunta também.

Gravação e transcrição das reuniões

  • Gina sugere que neste processo de consolidação do grupo, os encontros deveriam ser gravados, posteriormente transcritos, para depois o grupo escrever em cima disto.
  • O grupo acatou a idéia, sendo que Sônia e Clarissa ficaram de trazer gravadores na próxima reunião para uma primeira experiência de gravação.
  • Mateus também sugeriu que os arquivos de áudio ficassem disponíveis no blog do grupo.
  • Gina finalizou marcando a importância de se discutir o que significa gravar e deixar na web tais gravações.

“Por falar em horrores metodológicos, vocês não podem perder... a ciência em marcha”

  • Sônia faz um novo questionamento sobre o quê Spink, no seu texto, se refere quando fala dos horrores metodológicos.
  • Gina fez referência a Hubert de Luze, autor de uma tese de doutorado envolvendo mentira e homossexualidade, que traz uma definição sobre a indexicalidade, que segundo Gina é mais bem dita que a de Coulon. Para De Luze, a indexicalidade envolveria a idéia de um contexto que leva a outro, a idéia de árvore.
  • Clarissa lançou uma dúvida dela quanto ao conceito de replicabilidade, que Rita e Damonille ajudaram a esclarecer, marcando uma diferenciação no uso do conceito na pesquisa - todo fenômeno/resultado deve poder ser observado/encontrado mais de uma vez, por diferentes grupos, usando o mesmo método - e no uso do conceito relacionado à reaplicação de determinadas tecnologias sociais.
  • Sônia colocou a obra As Mil e Uma Noites e os seus contos como uma boa metáfora para a ciência, em que para não morrer no obscurantismo, toda dia ela inventa uma coisa para colocar no lugar.
  • Gina assinalou que hoje descobrimos que não podemos dominar tudo, que a promessa de estabilidade da ciência do final do século XIX não se concretizou. Temos que conviver com a inconclusividade e com a impossibilidade de controlar todas as variáveis.
  • Neste sentido, Rita argumenta que a pesquisa qualitativa está interessada no específico, no particular, contrariamente ao controle da reflexividade e da subjetividade latente do pesquisador.
  • Sônia lembrou das idéias interessantes de Fritjof Capra, no livro O Ponto de Mutação, de que a ciência baseada na lógica do gênero masculino (apropriação, conquista da natureza, voracidade e destruição) vem perdendo espaço para uma ótica feminina de proteção, cuidado e suporte.

“E com anarquia a gente vai”

  • Ao final, Ana Urpia comentou que achou a discussão maravilhosa e com profundidade, o quê todos concordaram.
  • Sônia sugeriu que o grupo deve progredir para ter uma página na internet para colocar o que se pensa, sugestões de literatura, link para textos e dissertações defendidas.
  • Ficou combinado de continuarmos com o mesmo texto base de Spink, mas já agregando elementos do artigo "Construtivismo ou Construcionismo? Contribuições deste debate para a Psicologia Social" de Ronald João Jacques Arendt.
  • Ana Urpia ficou de ver com Gina como viabilizar o envio do pdf da tese de doutorado de Gina.
  • Sônia comentou sobre a defesa da tese: Política de Ações Afirmativas na Educação Brasileira (ver mensagem recente de Sônia) sugerindo-a para quem está envolvido com o tema.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Msg Sônia

Olá todo mundo... Viu aí que eu consegui fazer tudo direitinho? E sem ajuda! Agora resolvi essa minha falha de caráter.

Sônia